O Crime Da Letra | Glenio Fonseca Paranaguá

Vemos que nenhum homem é verdadeiramente justo em si mesmo, pelo contrário, não há nada que o homem possa fazer para que seja pelos seus atos justificados perante a justiça de Deus. Essa obra procura mostrar como é tão necessário que conheçamos a graça de Deus em sua obra para que a sua justiça dada através do Espírito; que é reconhecida apenas pelo mais profundo sofrimento da alma, que então se arrepende e pela obra de Cristo é justificado.

Com o exemplo de Jó, veremos que até mesmo o homem mais justo em si mesmo, mais integro relacionado com seus valores, ainda precisa ser transformado indigno e perverso e reconhecer que precisa da Graça divina para ser salvo.

“A conversão do pecador perverso é algo maravilhoso, todavia a conversão de um justo é o suprassumo da intervenção da graça. Convencer o indigno da sua indignidade é uma obra admirável do Espírito Santo, mas convencer o justo da sua justiça poluída pelo egoísmo e o digno da sua indignidade radical é qualquer coisa fora de série. A conversão do ladrão na cruz foi um caso lindo, mas a conversão de Saulo de Tarso, o fariseu inatacável, foi um acontecimento fora do comum.” (p. 113)