Helena é o terceiro romance da carreira de Machado de Assis. Foi publicado originalmente no ano de 1876 em folhetins nas páginas do periódico O Globo. É a obra mais romântica do autor, em que a análise psicológica cede lugar às habilidades de Machado como folhetinista preocupado em tocar o coração das leitoras do século XIX.

Nas páginas de Helena, o leitor encontrará uma heroína idealizada, corajosa, meiga e vivaz, que sofre com a disparidade entre as classes sociais. A obra inicia-se com a morte do Conselheiro Vale, o pai de Helena, que revela em seu testamento a existência da moça. Sua família, composta pelo jovem Estácio e por dona Úrsula, a irmã de Vale, acolhe então a jovem protagonista, que inicialmente encontra a antipatia de sua tia e a compaixão do irmão, que busca seguir o testamento deixado por seu pai.