Vidas Secas, publicado em 1938, é um retrato emblemático da vivência de uma família nordestina no sertão brasileiro. A narrativa, que possui um viés não cronológico, convida-nos à reflexão sobre a árdua jornada do sertanejo, o qual, em aridez de alma e corpo, torna-se um reflexo do desamparo social evidenciado através da seca que aflige a natureza.
Deste modo, o pai Fabiano, a mãe sinha Vitória, os dois filhos e a cachorra Baleia são personagens que demonstram de modo verossímil a estratificação social brasileira. Graciliano Ramos (1892-1953), o autor da obra, considerou a segunda fase do modernismo, década de 1930, para estabelecer uma literatura. ambientada propriamente no Brasil e, também, propôs uma linguagem próxima à oralidade.
O livro é, sobretudo, uma obra importante para o entendimento do passado, o qual pode conectar-se ao presente, culminando em críticas à sociedade de classes brasileira. O convite à leitura de Vidas Secas é permanente, pois trata-se de um livro complexo, como revelam suas releituras.
Avaliações
Deixe seu comentário e sua avaliação