O Guarani | José de Alencar

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Título clássico, com uma capa incrível, texto integral, e uma super novidade, a orelha do livro vira um marcador de página, basta destacar. A obra O Guarani foi lançada como livro em 1857 – inicialmente saía por capítulo no folhetim Diário do Rio de Janeiro – e conquistou muita popularidade. No romance, que pertence à fase indianista do romantismo, o autor retrata o índio Peri como um grande herói e verdadeiro guerreiro, a natureza exuberante do Brasil e o amor entre um índio e uma branca, consolidado pela questão da miscigenação e pelo sentimento de identidade nacional. A obra inspirou Carlos Gomes, que compôs a ópera de mesmo nome em 1870.

José Martiniano de Alencar Era filho do senador homônimo e, por cargo político do pai, toda a família mudou-se para a Corte. Fez o curso de Direito em São Paulo e, depois de se formar, trabalhou como advogado no Rio de Janeiro. Em 1854, escreveu crônicas para Correio mercantil. Teve também o cargo de redator do Diário do Rio de Janeiro, onde escrevia sob o pseudônimo de “lg”. Mas sua dedicação exclusiva ao jornalismo foi curta; já nos anos 1850 iniciou suas atividades como escritor. Em 1855, em meio ao caráter controverso de suas obras, decidiu interromper sua produção literária, retomada só quando a figura política dele caiu em descrédito. Em 1877, buscou, curar-se da tuberculose; contudo, malsucedido, faleceu no mesmo ano.